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Quebraram de direito mas o monopólio do resseguro permanece de fato.

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Essa é a estatística de prêmios de resseguros, tendo como fonte os dados da SUSEP, referentes ao ano de 2009 até o mês de novembro. O que se depreende desses dados?

1) Apesar da quebra do monopólio, em janeiro de 2007, o IRB continua dominando o resseguro no Brasil. Com 78% de market share.

2) A J Malucelli, pertencente a grupo do setor de construção civil, supostamente seria a única especializada no seguro Garantia (Financeiro). No entanto, 27% dos seguros da Munich Re são de Garantias Financeiras. Todos sabem que há uma parceria forte entre as duas resseguradoras, até porque a J. Malucelli não pode reter muito risco: a JMalucelli retem 28% do risco contra 56% de retenção da Munich Re. Ou seja, temos IRB, J Malucelli e Munich Re dividindo “igualmente” a operação de seguros Garantia.

3) A Munich Re tem foco nos seguintes segmentos, na seguinte ordem de prioridades: Garantias Financeiras, Crédito, Vida, Incêndio e RC.

4) Alguns segmentos ainda dependem totalmente do IRB. O Rural é 91% colocado no IRB com 61% de retenção!  Os cascos marítimos e aeronáuticos são 95% colocados no IRB, que repassa 82% ao exterior. O IRB ainda recebe 77% dos seguros patrimoniais (incêndio, RO, RN) e retém 40% do risco, vale ressaltar que 36% do mercado é desse tipo de seguro. Os transportes de carga também são altamente dependentes do IRB, que recebe 88% da cessão de resseguro com 89% de retenção!

Conclusão: Ainda estamos no princípio das mudanças neste setor, que serão lentas, e ainda dependemos muito do IRB. Por sua vez o IRB está negando riscos complicados e visando legitimamente o lucro (o que não fzia na época do monopólio), e o resultado será a dificuldade de se colocar riscos especiais.

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Permanecem as dificuldades nas renovações das grandes apólices de seguros

Economia: Após a crise financeira tivemos a volta ao “Hard-Market”,  em alguns mercados pela dificuldade de colocação do seguro pela retração de seguradores, já em outros casos a dificuldade está na solidez das seguradoras, que não são aceitas como resseguradora por não atender os critérios de security (garantias de pagamento e rating).  

Por isso, inúmeras empresas estão enfrentando dificuldades – desde o primeiro semestre de 2009 – para renovar seus seguros. Recentemente tivemos os casos já noticiados de CSN, Petrobrás, Infraero, entre outras. Isso se dá por uma combinação de fatores: uma crise financeira internacional – que ainda não acabou na Europa, e conseqüentemente no mercado de resseguros – que reduziu o interesse de grandes seguradoras européias e americanas em tomar e aceitar riscos, visto que estão mais seletivos e criteriosos; somada a abertura do mercado de resseguros no Brasil, onde antes o IRB aceitava todos os riscos sendo obrigado pelo monopólio, agora ele é um competidor que objetiva o lucro e a adequada subscrição de seus riscos.

Enfim, a solução para essas empresas passa pelo gerenciamento de riscos e um adequado plano de seguros. As antigas práticas de elevados sinistros, leilões por preços com nenhuma fidelização dos fornecedores, inadimplência, entre outras prejudicam bastante na hora de renovar as apólices. Estamos observando uma mudança significativa nas práticas comerciais.