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Terremotos no Chile

Segundo a Universidade do Chile, a cada 10 anos há um grande terremoto naquele país, sendo 3.500 abalos de pequeno porte por ano. Isso se dá porque o Chile fica localizado na região de encontro das placas tectônicas Nazca e Sul Americana. A colisão dessas placas construiu os Andes a milhões de anos atrás.

Em 27/02/2010, um terremoto com 8,8 graus na Escala Richter, com epicentro localizado no mar, a 35 km de profundidade e 90Km de dustância da cidade de Talca, com cerca de um minuto de duração, ocorreu às 3h34 (horário local de verão, o mesmo de Brasília) e atingiu a região central do Chile, perto de Concepción, 400 km ao sul de Santiago. Na capital chilena, a 325 km de distância, o terremoto estremeceu diversos prédios e várias regiões da cidade ficaram sem energia. Nesta catástrofe, pelas informações até o momento, mais de 700 pessoas morreram.

Chile fevereiro 2010

Foto: fonte G1

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Terremoto no Haiti – Os Riscos do Salvamento

Um forte tremor de magnitude 7,3 (Escala Richter) atingiu o Haiti na terça-feira, 12 de janeiro de 2010, provocando a queda de prédios na capital e deixando moradores sob os escombros. O epicentro do terremoto, inicialmente anunciado no litoral, foi registrado dentro do território haitiano, a 16 Km da capital Porto Príncipe, e teve profundidade de apenas 10 Km. O terremoto foi seguido de dois tremores fortes, de magnitudes iniciais de 5,9 e 5,5.

O Brasil comanda cerca de 7.000 soldados da força de paz (Minustah) da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, enviada ao país em 2004, e tem cerca de 1.300 homens na região. A Minustah (sigla em francês para Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti) foi criada em 30 de abril de 2004 por meio da resolução 1542 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

E com apenas 7.000 homens, além de promover a ordem, paz e segurança do país devastado, agora, a Minustah precisa ajudar na reconstrução e reorganização do país. Durante o caos estabelecido após o terremoto, este pequeno grupo precisou superar as adversidades e administrar 3 milhões de pessoas em pânico!

Analisando os riscos após o terremoto, podemos elencar os seguintes:

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Reparem na área que deveria estar isolada, com um prédio que está para desabar a qualquer momento na via pública, com pessoas caminhando normalmente nas ruas. Vale lembrar que há inúmeros abalos e acomodações de terrenos após um terremoto.

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Repare nesta foto que postes elétricos desabaram, cabos de alta tensão ficaram expostos sobre os escombros. Transitar próximo aos mesmos representa um perigo de se eletrocutar.

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Repare na foto acima, que homens aumentam a movimentação e o peso sobre a laje, enquanto outros se encostam numa coluna já debilitada. Se a coluna apontada na foto se deslocasse, haveria o desabamento da estrutura sobre os homens que tentam colaborar no salvamento e resgate.

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 Nesta foto vemos uma pessoa correndo um risco totalmente desnecessário. Um prédio muito afetado que pode desabar a qualquer novo tremor ou até mesmo inesperadamente, com o sujeito numa posição insegura onde morrerá caso ocorra o desabamento.

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Nesta foto percebemos – que por desespero pela falta de alimentos e bebidas – pessoas saqueando o supermercado, e possivelmente entrando num prédio prestes a colapsar.

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Essa foto caracteriza o cenário de terror e destruição do terremoto, e o enorme risco de transmissão de doenças e epidemias. Lembrando que o Haiti, mesmo antes do terremoto, vivia com problemas de falta de água. Portanto, uma população que não tem acesso a água potável e nem pode tomar banhos com regularidade pode ser portadora de inúmeras doenças.

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A falta de treimento das equipes de resgate, falta de equipamentos de proteção individual (EPI´s), falta de macas, luvas, balão de oxigênio, picaretas, guindastes, etc. eram superadas por um forte senso humanitário e força de vontade na luta pela vida. Mas ilustraram a pobreza e fragilidade daquele povo. Nesta foto acima chamo a atenção que mesmo salvando uma pessoa dos escombros, ainda haveriam dois desafios a serem vencidos: o transporte (trânsito) até o hospital, bem como a lotação dos eventuais hospitais de campanha montados.

 Importante lembrar que logo após o terremoto o cenário de caos estabelecido contava com as seguintes características: diversos incêndios grandes, vazamentos de gás, falta de água e alimentos, falta de energia elétrica, destruição da infra-estrutura de transporte, hospitais, comunicação, etc. inúmeros mortos e feridos sob escombros, perda de referência e pânico dos sobreviventes. Imagine tudo isso num país miserável e já muito fragilizado.

Obs: Todas as fotos que usadas nesta análise foram retiradas do portal www.g1.com.br