Categorias
Acidentes Ferroviários Gerenciamento de Riscos Normas Técnicas Segurança e Saúde ocupacional

Metrô – um estudo sobre o sistema metroviário

A superlotação dos carros (vagões) no metrô do Rio de Janeiro e São Paulo prejudicam a adesão da população a utilizar o transporte público em detrimento do carro. O que seria ambientalmente correto passa a ser um transtorno estressante. O pior é que, devido a superlotação, em caso de uma emergência torna-se muito mais difícil ter uma resposta adequada. O último exercício (treinamento) de emergência, simulando situações de risco ocorreu em 9 de junho de 2013 (domingo) reunindo 240 pessoas e contou com a participação da Polícia Militar, do Comando Militar do Leste, do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, da Polícia Civil e do Centro de Operações Rio.  Parafraseando o craque Didi: “Treino é treino, jogo é jogo”, num dia comum, no horário de pico temos mais de 300 pessoas por vagão, muito mais que 1.800 num trem, logo um treino com 240 pessoas é bastante diferente do jogo real.

A nossa proporção de pessoas transportadas por dia por carro (vagão) consegue ser pior que em países pobres como Bangkok. Em horários de pico transportamos de 7 à 12 pessoas por m² ! O dobro da média mundial.  O fato é que não há uma norma técnica que limite o número de pessoas por vagão. A única norma ABNT que existe próxima da capacidade do vagão metroviário, trata do dimensionamento de assentos conforme a quantidade de pessoas transportadas. Um trem, conforme dados do fabricante, e dependendo do tipo de vagão, carrega em sua lotação máxima, nos seis carros (composição) um total de 1.800 passageiros ou 300 passageiros por vagão.

A realidade do transporte em horários de pico se depreende do programa “Profissão Repórter” da TV Globo, de 07 de maio de 2013. No link: http://www.youtube.com/watch?v=jSkat5yX3Zg

Como uma sugestão de medidas de segurança, para evitarmos pessoas jogadas, ou caindo nos trilhos do metrô, em Bangkok, há uma “parede” de vidros deparando a estação dos trilhos, onde portas automáticas se abrem quando o trem estiver parado e com suas portas abertas na estação. Portanto, as pessoas não têm acesso aos trilhos evitando-se suicídios e acidentes. Além disso, é fundamental reduzir a superlotação, e para tanto precisamos da aquisição e colocação em uso de mais trens no horário de pico. Para isso, a exemplo de países europeus, é necessário o apoio e pesado financiamento governamental. O apoio governamental é importante devido ao montante a ser investido: a construção de uma estação de metrô custa em média R$ 150 milhões, o sistema de informação automática sobre a demora e distância das composições nas estações custa em torno de US$ 160 milhões, 19 trens custaram ao Metrô-Rio R$ 320 milhões (R$ 16,8 milhões por trem ou R$ 2,8 milhões por carro).

Proporção vagões - passageiros
Proporção vagões - passageiros

O ranking mundial de sistemas metroviários é o seguinte:

Ranking Mundial de Sistemas de Metrô
Ranking Mundial de Sistemas de Metrô

O Rio de Janeiro tem (até março de 2013) 51 composições com 306 carros (51 trens com 6 carros cada), serão 66 até 2015.  Cada carro tem aproximadamente (peguei a metragem aproximada de outros metrôs, não o do Rio) 20m de comprimento x 3m de largura = 60 m².  Carregam 1.800 passageiros por trem, ou seja, 300 pessoas por carro (vagão) ou 1m² para 5 pessoas. Mas na prática, em horários de pico,  observamos muito mais do que isso (8 pessoas em média no Rio e 12 pessoas em média em São Paulo)! Transportar 5 pessoas é o limite do razoável para 1 m² (não há conforto),porém  além desse número as pessoas praticamente se abraçam. O MetrôRio agora opera com horário de pico estendido que, dependendo da linha e do sentido, se dá entre as 5h30 e 10h30 na parte da manhã e 15h e 20h na parte da tarde. Com a extensão do horário de pico, o sistema está operando por mais tempo com capacidade máxima de trens, mesmo assim isso não parece ser suficiente diante da enorme demanda.

Uma breve história da concessão pública do Metrô-Rio:

No dia 19 de dezembro de 1997, na Bolsa de Valores do Rio, o Consórcio Opportrans adquiriu o direito de explorar o serviço metroviário durante 20 anos, assumindo, em abril de 1998, o controle do serviço de transporte público metroviário.  A empresa MetrôRio assumiu a concessão do metrô carioca e está sob seu controle a administração e a operação das Linhas 1 e 2, ficando as expansões da rede metroviária e aquisição de novos trens a cargo da Rio Trilhos (Governo do Estado). Portanto, 1998 + 20 anos = 2018.

Em dezembro de 2007, com o aditamento por mais 20 anos do contrato assinado com o governador Sérgio Cabral, o MetrôRio pôde investir em melhorias e expandir sua atuação, que antes se restringia à operação e manutenção das Linhas 1 e 2. Desde então, a empresa comprometeu-se a fazer investimentos para melhor atender a população carioca.  No pacote de R$ 1,15 bilhão, destacaram-se a construção da Linha 1A (trecho entre as Estações São Cristóvão e Central, ligando a Linha 2 a Zona Sul, sem transferência nos dias úteis), a reforma gradual das estações, a construção da Estação Cidade Nova e sua passarela, a compra de 114 novos carros, a melhoria do sistema de ar condicionado, além da modernização do Centro de Controle de Tráfego.  Portanto, em 2007 o Estado assinou 2018 + 20 anos = 2038

Categorias
Acidentes Aéreos Aeroportos Aviação

O Sistema de radar SARSAT-COSPAS

SARSAT significa Search and rescue satellite-aided tracking system (Canada, France and USA) e COSPAS  significa Space system for the search of vessels in distress (Russia). De 1982, quando foi lançado, até 2012 esse sistema já colaborou no resgate de 35,055 pessoas em 9,665 emergências (inclui marítima, aérea e em terra). Quando alguém recebe o sinal nas frequências citadas deve seguir o protocolo de informar ao controlador (marítimo ou aéreo) a sua posição geográfica. O sistema conta com 12 satélites (6 em órbita e 6 estacionados), além de 109 unidades em solo nos países participantes. Saiba mais em http://www.cospas-sarsat.org/images/stories/SystemDocs/Current/SD39-DEC15_E.pdf

Cobertura satélites Geosar / Geolut em órbita (Fonte: http://www.cospas-sarsat.org )
Cobertura satélites Geosar / Geolut em órbita (Fonte: http://www.cospas-sarsat.org )
Resumo do Sistema. Fonte: http://www.cospas-sarsat.org
Resumo do Sistema. Fonte: http://www.cospas-sarsat.org